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Práticas ESG estão cada vez mais presentes nas pautas corporativas

As práticas ESG, sigla para Ambiental, Social e Governança, ganham cada vez mais as pautas corporativas. Apenas no Brasil, de acordo com o Pacto Global, os fundos ESG chegam a captar mais de R$ 2 bilhões. Já em um âmbito mundial, segundo a PwC, 72% dos investidores sempre fazem uma investigação das empresas quanto aos riscos e oportunidades ESG. Diante de tal realidade, a iniciativa global ressalta a necessidade de treinamentos, diretrizes e preparações relacionados ao assunto.

À vista disso, em um recorte nacional, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou em 2022 a norma ABNT PR 2030 – ESG, com conceitos e modelos de análise e direcionamento para corporações, não se tratando de uma lei, mas de uma recomendação.

Para a ABNT, o conjunto de diretrizes nasceu visando aos aspectos ESG, que são alvo de stakeholders e refletem no potencial de ganho dos investidores. Para tanto, aborda os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), assim como os eixos relacionados ao ESG.

A necessidade de adequações se mostra também na tendência de novos empregos ligados às questões ESG. Conforme o relatório “O emprego em um futuro de zero emissões líquidas na América Latina e Caribe”, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), até 2030, cerca de 15 milhões de empregos líquidos poderão ser criados nessas regiões com a transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono. Ao encontro dessa perspectiva, vai o eixo Ambiental da sigla ESG, que pede às empresas ações concretas.

Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, todas as ações que contribuam com o mundo empresarial na busca pela sustentabilidade e implementação de um processo de melhoria contínua são bem-vindas. Ele ressalta, ainda, que toda metodologia precisa ser clara e estar relacionada à realidade da organização.

“Para que uma ação tenha êxito, é preciso clareza em todos os pontos. Além disso, não pode contrariar visões irrevogáveis, como proteção social, apoio à diversidade, segurança de dados e atuação com ética, entre tantos outros aspectos presentes no mundo empresarial”, finaliza.