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Brasil tem um cirurgião-dentista a cada 558 habitantes

O número de profissionais habilitados com cirurgiões-dentistas chegou ao total de 383.996 em todo o território nacional, segundo atualizações do Conselho Federal de Odontologia em de janeiro de 2023. Para a Organização Mundial da Saúde, o mínimo para a promoção da saúde bucal é que se tenha um profissional para cada 1200 habitantes. No Brasil, o número é de um dentista para cada 558 pessoas. No entanto, muitos brasileiros não têm o hábito de ir ao dentista. Uma pesquisa do IBGE de 2019 revelou que mais de 55% da população não faz uma consulta anual, e cerca de 10% da população sequer foi ao dentista ao menos uma vez na vida.

A mesma pesquisa também revela que os brasileiros estão muito preocupados com a beleza, procurando os profissionais da odontologia, muitas vezes, para realizar procedimentos estéticos e não reabilitadores ou preventivos. O resultado é desastroso. Mais de 41% dos entrevistados com mais de 60 anos não tinham mais dentes na boca. Além da saúde dos dentes, as visitas aos consultórios odontológicos ajudam a detectar doenças em fases iniciais e a prevenir problemas que serão observados a longo prazo.

A tecnologia e a inovação têm sido as palavras-chaves do momento para tentar reverter o cenário e oferecer novos resultados tanto para pacientes quanto para os próprios profissionais. Um exemplo é a odontologia digital (uso de tecnologias para otimizar tratamentos dentários de diferentes necessidades e pacientes). 

A evolução tecnológica possibilitou um tratamento mais otimizado, de fácil entendimento para os pacientes e acompanhamento também de maneira digital. Com um scanner bucal, por exemplo, o dentista consegue mostrar ao paciente todo o tratamento de reabilitação pelo computador. A demonstração garante mais credibilidade e confiança na relação paciente-dentista. 

Há anos os ortodontistas têm trabalhado com as técnicas clássicas aliadas às inovações na área. Além do scanner bucal, outra tecnologia que auxilia no processo são os alinhadores “invisíveis”. 

Assim como os aparelhos convencionais e fixos, os alinhadores do tipo “invisalign” têm a função de alinhar, nivelar e corrigir maloclusões dentárias. A diferença está na adaptabilidade do paciente, os invisalign são moldeiras adaptáveis e transparentes trocadas de tempo em tempo para um tratamento ortodôntico que antes era executado apenas pelos aparelhos fixos. 

De acordo com pesquisas desenvolvidas pela Universidade de São Paulo (USP), é possível identificar que o Invisalign é uma ótima opção para problemas leves e moderados, mas podem ser menos eficazes em casos mais severos. Para isso é preciso de uma análise minuciosa do próprio dentista.