Já começarmos a viver a nova era dos veículos elétricos
A afirmação é de Felipe Martins, gerente de mobilidade elétrica da NeoCharge
Quando o assunto é veículos elétricos, podemos dizer que já estamos vivendo em uma nova era — especialmente em termos de autonomia de bateria, a relação custo e benefício e a viabilidade do sistema em diversas regiões do país.
De acordo com Felipe Martins, gerente de mobilidade elétrica da NeoCharge, é cada vez mais importante que as cidades estejam preparadas para os veículos elétricos, considerando que esses automóveis causam menos impactos ao meio ambiente, são mais eficientes no consumo de energia e, consequentemente, mais sustentáveis.
“Além das vantagens ecológicas, os veículos elétricos também trazem praticidade e eficiência na logística. Do ponto de vista de cadeia produtiva, faz muito mais sentido produzir energia e transportá-la em cabos de transmissão do que perfurar o oceano, extrair um líquido, levar a uma refinaria e, depois de tratá-lo para distribuir por meio de caminhões tanques para postos de combustível”, afirma Martins.
O executivo explica que, no passado, o carro elétrico não era uma opção viável, pois a tecnologia da bateria era atrasada, cara e não possuía capacidade de armazenamento suficiente para mover um veículo por longas distâncias.
“Mas, agora, estamos em uma nova era e a autonomia de um carro elétrico já não é mais um problema. Os veículos elétricos já são uma alternativa aos carros convencionais, já é uma realidade”
Do mesmo grupo da NeoSolar, empresa que é referência em distribuição de equipamentos para energia solar fotovoltaica, a NeoCharge desenvolve soluções para mobilidade elétrica, um dos setores mais importantes para o futuro do Brasil.
Além de investir em alta tecnologia, a NeoCharge também atua na formação da mão de obra especializada, promovendo cursos sobre infraestrutura para veículos elétricos com mais de 500 profissionais já capacitados e preparados para auxiliar no crescimento do setor.
Transformação
A transformação necessária para o futuro da mobilidade elétrica depende da estruturação nas cidades, o que significa possuírem pontos de recarga em alta escala – a exemplo do que são os postos de combustíveis, hoje em dia. Para isso, é necessário investimento tanto do setor público quanto privado – este segundo em comércios, hotéis, aeroportos, entre outros. O maior benefício neste caso é que os proprietários de VEs podem ter seus próprios pontos de recarga em suas casas – o que seria similar a ter seu próprio posto de combustíveis, hoje em dia.
Na Noruega, por exemplo, a cada 2 carros um já é elétrico, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA); e, 80% das recargas são feitas nas próprias residências.
Na opinião de Martins, para que as cidades e países avancem mais rapidamente em mobilidade elétrica, governos também podem auxiliar promovendo incentivos fiscais para que o setor se desenvolva e que os carros elétricos sejam mais baratos e acessíveis à população. “Afinal, esse subsídio de imposto será retornado com mais qualidade de vida dos cidadãos e maior eficiência econômica das regiões que tiverem uma boa estrutura para receber veículos elétricos”.
Outro exemplo citado pelo representante da NeoCharge está na China, local em que já há alta circulação de veículos elétricos, não apenas de forma privada, mas no transporte público também.
Enquanto isso, em solo nacional, a cidade de São Paulo já implementou uma lei que determina que toda construtora deve planejar seus prédios com pontos de recarga disponíveis para automóveis elétricos. “Se o futuro será elétrico, faz todo sentido os condomínios estarem prontos para receber esses veículos”.
Políticas públicas
Diversas políticas públicas podem ser aplicadas para estimular o crescimento da mobilidade elétrica, em todos os níveis do Poder (federal, estadual e municipal). Os incentivos podem ter como foco a produção, beneficiando fabricantes de produtos relacionados a veículos elétricos; ou a demanda, com ações voltadas aos consumidores.
Para as empresas do setor, o governo é capaz de oferecer estímulos como subsídios e isenções fiscais para fomentar a fabricação de automóveis ou acessórios, além de estabelecer metas de produção.
Já aos compradores de veículos elétricos, algumas possíveis vantagens são taxas reduzidas no momento da compra, isenção ou desconto em tributos (como o IPVA), dispensa de cumprimento de rodízio (considerando também que os carros elétricos são menos poluentes) ou até mesmo a permissão para circular em áreas restritas, como as faixas de ônibus.
Para Martins, os incentivos governamentais no Brasil ainda são tímidos. Como exemplos, podemos citar alguns estados que dispõem de benefícios fiscais como isenção ou redução de impostos. Em outras frentes, algumas cidades brasileiras já adotaram o livre acesso a corredores de ônibus e permitiram a isenção de rodízio, como é o caso da cidade de São Paulo.
Os carros elétricos são fundamentais para o cumprimento das metas de redução de emissão de carbono conforme determinação do Acordo de Paris (COP21). É comprovado que um veículo elétrico reduz pelo menos 30% de emissão em uma matriz de alto carbono e 70% em uma matriz de baixo carbono, pontua Martins.
Sobre a NeoCharge – A NeoCharge nasceu em 2016 como sendo o braço da NeoSolar, empresa fundada em 2010, líder de mercado em energia solar fotovoltaica.
A empresa paulista leva em seu DNA o espírito empreendedor e o desenvolvimento de negócios que impactam positivamente a vida de todos, estendendo a missão de promover a mobilidade elétrica no Brasil.
A NeoCharge oferece soluções em infraestrutura de recarga para veículos elétricos através de distribuição de equipamentos, cursos, serviços técnicos e operação compartilhada de estações de recarga e eletropostos.