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Tratamentos nas mãos demandam cirurgião especializado

Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) emitiu um alerta para a sociedade com relação aos riscos de acidentes com as mãos. A entidade chamou a atenção para a possível alta no número de internações por ocorrências com fogos de artifício durante as festas de fim de ano.

Em 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 288 internações até setembro, superando a soma do ano anterior, conforme compartilhado pela SBCM. O Dr. Alexandre Aoyagui, ortopedista e cirurgião de mão especializado em microcirurgia reconstrutiva, conta que a maior procura nos prontos-socorros de ortopedia, no que diz respeito a fraturas, ocorre por conta de traumatismos nas mãos.

“Em relação aos ossos, as fraturas da mão são frequentes, necessitando de uma avaliação precisa”, afirma. A SBCM destaca que os membros são atingidos com frequência por conta da exposição a atividades que demandam o uso de ferramentas e manuseio de máquinas e materiais, além de outras ações, conforme repercutido pela Agência Brasil.

Segundo o Ministério da Previdência Social, em 2023 foram concedidos 27.477 benefícios acidentários, por incapacidade temporária e permanente, envolvendo fraturas, amputações, ferimentos, traumatismo superficial, lesão por esmagamento e trauma de nervos, todos relacionados à mão e ao punho – um aumento de 8,4% em relação ao registrado em 2022.

“Além dos traumas ósseos, a mão sofre com lesões por ferimentos e cortes”, relata o médico. “Devido às estruturas como tendões e nervos estarem muito superficiais, frequentemente são lesionados, necessitando de cirurgias de urgência para sua correção”, diz o especialista. 

Dr. Alexandre Aoyagui formou-se na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e completou sua especialização em ortopedia, cirurgia de mão e microcirurgia. O médico possui dezessete anos de experiência, foi médico assistente da residência em cirurgia de mão da UNIFESP e chefe da residência médica em ortopedia, cirurgia de mão e microcirurgia no Hospital Santa Marcelina. Atualmente realiza mais de quinhentas cirurgias anualmente.

Ele ressalta que a precisão da mão é tamanha que pequenos desvios de fraturas causam diversas consequências, com alterações de movimentos que afetam a função de pinça e preensão.

De acordo com Dr. Alexandre Aoyagui, relatos de pacientes que foram soltar alimentos, como pães de queijo congelados e furaram as mãos com uma faca, são frequentes. “Nessa condição, muitas vezes o nervo do dedo é seccionado, necessitando de cirurgia. Por isso, é importante consultar um especialista em ortopedia da mão”.

Segundo  o ortopedista, existe uma recorrência maior dessas condições em pessoas que fazem determinados tipos de trabalho. “Especificamente na questão traumática, vemos trabalhadores manuais que operam máquinas, além de atletas de todos os níveis”, reporta.

Ele destaca que diversas lesões ocorrem devido à operação com máquinas, quedas em atividades esportivas e à alta atividade manual com aparelhos esportivos. “Hoje, com a maior quantidade de atletas de crossfit de alto rendimento, lesões como fraturas e lesões de ligamentos e tendões estão mais frequentes por traumatismos, tanto com aparelhos como com pesos”, afirma.

Quando é preciso operar?

Dr. Alexandre Aoyagui conta que, de maneira geral, as fraturas, lesões cortantes e lesões de ligamentos necessitam de cirurgia de urgência. Lesões não traumáticas que mais frequentemente requerem tratamento cirúrgico incluem a síndrome do túnel do carpo, os chamados dedos em gatilho, alguns tipos de tendinites e algumas formas de artroses. 

Síndrome do túnel do carpo

Falando brevemente de cada patologia, existe a síndrome do túnel do carpo, que ocorre mais frequentemente em mulheres na fase do climatério e em gestantes, afirma o cirurgião. 

“O sintoma mais comum é o formigamento na mão, especificamente nos dedos, sobretudo durante o sono. O tratamento cirúrgico tem alta eficácia”, afirma.

Dedo em gatilho

Já o dedo em gatilho ocorre quando um ou mais dedos travam em flexão, gerando incômodo, dificuldade e bloqueio para voltar a estender o dedo.

“Isso acontece devido a um processo inflamatório na região do tendão e da polia (camada que recobre o tendão na região afetada). A cirurgia tem alta eficácia e resolutividade”, diz Dr. Alexandre Aoyagui. “Para as duas patologias [síndrome do túnel do carpo e dedo em gatilho], as cirurgias são eficazes e possuem um pós-operatório pouco limitante”, esclarece.

Tenossinovite de De Quervain

A cirurgia também é recomendada para algumas tendinites com necessidade cirúrgica, sendo a mais comum a tenossinovite de De Quervain, que ocorre na região do punho, alinhada ao polegar. 

“Essa condição ocorre frequentemente devido à atividade de esforço ao carregar peso, sendo comum em pais de bebês entre 3 e 8 meses de vida, fase em que começam a ficar mais pesados e mais exigentes em serem pegos no colo”, completa.

Como é o pós-operatório?

De acordo com Dr. Alexandre Aoyagui, muitos pacientes se perguntam como é o pós-operatório após a realização de algum tratamento e se é possível voltar para atividades rotineiras em pouco tempo. 

“O pós-operatório costuma ser tranquilo, com o retorno gradual dos movimentos para as atividades já na primeira semana, salvo casos de fraturas específicas ou lesões ligamentares que requerem mais repouso”, explica Dr. Alexandre Aoyagui.

Para mais informações, basta acessar: https://alexandreaoyagui.com.br/