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Nativas de Fernando de Noronha precisam viajar a Recife para dar à luz

A união entre o cinema como ferramenta de transformação social e a comunicação estratégica compõem uma nova lógica de distribuição para documentários que vem sendo chamada de “campanha de impacto”. Nesse formato, o lançamento começa ainda durante a produção e segue por muito tempo depois da data oficial da estreia. A proposta é buscar caminhos para atuar em parceria com o engajamento do público mais interessado nos temas do filme, seja ele composto por ativistas ou simpatizantes da causa social em questão. No caso de “Proibido Nascer no Paraíso”, de Joana Nin, a mobilização procura sensibilizar as pessoas para o combate à violência obstétrica.

O documentário foi registrado em Fernando de Noronha/PE – ilha mundialmente conhecida localizada há 545Km do Estado de Pernambuco. O filme acompanha a rotina da assistência ao pré-natal de mulheres que precisam realizar o parto fora da região, pois o único hospital da ilha, de média complexidade, não fornece serviços de maternidade.

As grávidas são encaminhadas a Recife até a 28ª semana de gestação para continuarem o pré-natal na capital e esperarem pelo parto, cerca de 12 semanas depois. Caso não tenham condições de arcar com todos os custos, elas recebem passagem aérea via um programa do SUS – Sistema Único de Saúde, que é o “tratamento fora de domicílio”; e tem a hospedagem e alimentação custeadas pelo Estado de Pernambuco, que gerencia Fernando de Noronha.

A CAMPANHA DE IMPACTO

Nesse contexto, o filme acompanha as grávidas Harlene, Ione e Babalu, três mulheres da ilha em busca do poder de escolha para o nascimento dos filhos. A campanha de impacto se propõe a facilitar o público interessado a ter o acesso ao filme por meio de sessões debate. O documentário já foi exibido em 15 cidades brasileiras em sessões debate e agora está disponível na plataforma Taturana Mobi, um portal de acesso gratuito para o cinema de impacto social. Basta acessar o site, se cadastrar e organizar uma sessão coletiva para no mínimo três pessoas. A exibição pode ser na TV de casa, num centro comunitário, cineclube ou qualquer outro ambiente não comercial. A ação faz parte da campanha de impacto do filme. 

A campanha de impacto propõe um “jogo de ganha-ganha” com aquele público mais interessado nas causas do filme: quem realiza sessões gratuitas com debate em retribuição é convidado a colaborar na divulgação. Seguir e divulgar as redes sociais do documentário já ajuda muito para que outras pessoas vejam o filme depois. Todas as informações são atualizadas no Linktree do filme

GUIA GRATUITO PARA DEBATES

Para fomentar os debates depois das sessões, foi produzido o Guia para sessões de impacto, distribuído gratuitamente pela produtora Sambaqui Cultural. São informações sobre o filme e acerca do tema, reunidas a partir de fontes diversas, organizadas de forma a facilitar a condução do bate papo após as exibições. “O filme e o material de apoio para os debates se propõem a ser ferramentas de transformação social, em busca de uma maior autonomia para a mulher na gravidez”, explica a diretora Joana Nin. A produção do documentário está reunindo neste formulário sugestões de mudanças no atendimento ao parto para serem encaminhadas ao novo governo federal recém empossado, assim como aos congressistas.

O projeto de lançamento de impacto do documentário “Proibido Nascer no Paraíso”  tem a coordenação da produtora do filme, Sambaqui Cultural, em parceria com a distribuidora Boulevard Filmes. As ações foram viabilizadas pelo edital do Profice/PR, com patrocínio da Copel. A campanha já chegou a 15 municípios de forma presencial e inúmeros outros em eventos virtuais, ou promovidos em parceria com a Taturana Mobilização Social. A diretora Joana Nin defendeu uma dissertação de mestrado na PUC-Rio sobre o tema em agosto de 2022 sob o título “Filmes para Mudar o Mundo: produção e distribuição de documentários de impacto social”, o texto pode ser acessado neste link, do portal da Universidade.

Serviço / links:

PROIBIDO NASCER NO PARAÍSO – documentário – 78 minutos

Informações sobre o filme e a campanha:

https://linktr.ee/proibidonascernoparaiso

Para organizar uma sessão coletiva gratuita, basta acessar:

http://www.taturanamobi.com.br/film/proibido-nascer-no-paraiso

Guia para sessões de impacto – gratuito:

https://www.sambaquicultural.com.br/wp-content/uploads/2022/12/PROIBIDO_NASCER_NO_PARAISO_Guia_para_sesso%CC%83es_de_impacto_OK.pdf

Para dar sugestões, basta acessar:

https://forms.gle/7ns2YWv17fCiZM2z9

O filme está disponível ainda nas plataformas: 

Globoplay, Now, ITunes, Apple TV, Vivo Play, YouTube Filmes e Looke

Produção: Sambaqui Cultural

Distribuição: Boulevard Filmes

Fomento: Ancine/FSA/BRDE

Incentivo (distribuição): Copel, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Paraná Profice, Secretaria de Comunicação e Cultura do Paraná

Apoio: Tribeca Film Institute, Effects, Link Digital, Infraero, Dix Empreendimentos, ICMBio, Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Atalaia Noronha, Pousada Tio João, Pousada Alvorada, Pousada Miragem, Pousada Mabuya, Babalu e Matic

Filmes para Mudar o Mundo – pesquisa da diretora Joana Nin

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60636@1