Opinião

Policiais brasileiros se unem contra PEC Emergencial do governo federal

Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP) se juntou à luta da União dos Policiais do Brasil (UPB) contra a PEC Emergencial do governo federal. Na última semana, a UPB divulgou uma nota pública criticando o descaso do governo federal com os servidores de segurança pública, em um manifesto assinado por 24 entidades, entre elas a Associação Brasileira de Criminalística (ABC), da qual o SINPCRESP é signatário.

No documento, endossado pelo SINPCRESP, a UPB classifica a  PEC Emergencial proposta pelo governo como um projeto chantagista e convida os policiais civis, entre eles os integrantes das polícias científicas, a aderirem ao estado de alerta e mobilização permanente, “a fim de combater o desmonte econômico, social e profissional que vem sendo imposto ao serviço público e a toda segurança pública brasileira”.

O documento destaca os graves prejuízos ao serviço público, em especial à segurança pública, que a medida representa e reforça a importância da atuação dos servidores públicos ao povo brasileiro.

presidente do SINPCRESP, Eduardo Becker, ressalta a necessidade de mobilização contra mais essa tentativa de demonizar o servidor público e conclama os associados a aderirem ao estado de alerta, que é um comunicado do descontentamento das categorias com as medidas tomadas em prejuízo da prestação do serviço público à sociedade. “Os peritos criminais devem ficar atentos às ações do governo e do sindicato para participar de mobilizações que cobrem a manutenção dos direitos conquistados ao longo de muitos anos de luta”, observa Becker.

diretora do SINPCRESP, Camila Guedes, argumenta que os policiais paulistas vêm sofrendo há décadas com a desvalorização. “Não é justo nós policiais, que estamos na linha de frente durante toda a pandemia, e sem vacinação, tomarmos mais esse duro golpe em nossos direitos. A aprovação desta PEC trará um completo caos na segurança pública, uma vez que os policiais paulistas já vêm sofrendo com a desvalorização há mais de duas décadas. Já estamos no limite!”, afirma.

O texto diz que a “emergência que o país vive é a da necessidade por vacinas e o auxílio aos mais necessitados e não a demonização do serviço público, por meio do congelamento de direitos e de estrutura que poderá chegar a 15 anos, afetando diretamente a população mais carente desses serviços, indo na contramão de um atendimento de qualidade e eficiência à sociedade”.

Confira as entidades que subscrevem o manifesto da UPB:
ABC – Associação Brasileira de Criminalística
ABRAPOL – Associação Brasileira dos Papiloscopistas Policiais Federais
ADPF – Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
ADPJ – Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária
AGEPEN-BRASIL – Associação Nacional dos Agentes Penitenciários do Brasil
AMPOL – Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil
ANAPF – Associação Nacional dos Policiais Federais Aposentados e Pensionistas
ANEPF – Associação Nacional dos Escrivães Polícia Federal
ANEPOL – Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Civil
ANSEF – Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal
APCF – Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais
CENTRAPOL – Central Única Nacional dos Policiais Federais
COBRAPOL – Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis
FENADEPOL – Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
FENAGUARDAS – Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais do Brasil
FENAPEF – Federação Nacional dos Policiais Federais
FENAPERÍCIA – Federação Nacional dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal
FENAPRF – Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais
FENASSE – Federação dos trabalhadores no sistema socioeducativo
OPB – Ordem dos Policiais do Brasil
SINDEPOL/DF – Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no DF
SINDIPERÍCIA – Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais do DF
SINDIPOL/DF – Sindicato dos Policiais Federais no DF
SINPOL/DF – Sindicato dos Policiais Civis do DF

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