Opinião

Pesquisa em Guarujá avalia impactos da poluição no desenvolvimento infantil

Estudo da Unoeste analisa o impacto da poluição do Porto de Santos na saúde neuromotora de bebês

O projeto de pesquisa intitulado “Efeitos da Poluição Atmosférica no Desenvolvimento Neuromotor Infantil em Crianças de até 1 Ano de Idade no Município do Guarujá” foi recentemente contemplado com uma bolsa de iniciação científica pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Coordenado pela Professora de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) Marceli Rocha Leite, o estudo promete trazer à luz informações cruciais sobre os impactos da poluição atmosférica, em especial aquela gerada pelas operações do Porto de Santos, no desenvolvimento neuromotor de bebês.

A estudante Amanda de Almeida Macedo Sarabando, beneficiária da bolsa FAPESP, destaca a importância da pesquisa. “É uma oportunidade de gerar dados robustos e sensibilizar a sociedade sobre um problema que afeta diretamente a qualidade de vida de populações vulneráveis”.

O estudo se concentra em áreas do Guarujá com diferentes níveis de exposição à poluição, como os bairros Jardim Conceiçãozinha e Boa Esperança, que estão mais expostos, em comparação a Perequê e Vila Rã, que têm menor incidência de poluentes.

Utilizando a Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS), a pesquisa realizará avaliações do desenvolvimento neuromotor das crianças aos 3, 6, 9 e 12 meses. O objetivo é identificar como a exposição a poluentes, especialmente material particulado, pode afetar a saúde e o desenvolvimento motor de recém-nascidos em áreas críticas.

Analise

O Porto de Santos, um dos maiores polos industriais e logísticos do Brasil, é conhecido por sua intensa movimentação e, consequentemente, por gerar uma quantidade significativa de poluição. Com a crescente preocupação sobre as implicações dessa realidade na saúde infantil, o projeto se apresenta como uma iniciativa necessária e urgente.

À medida que o estudo avança, os pesquisadores esperam gerar dados que não apenas alertem sobre os riscos associados à poluição, mas que também promovam uma conscientização sobre a necessidade de ações efetivas para melhorar a qualidade de vida das crianças e de suas famílias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *