Notícias Corporativas

Brasil está no top 15 de detenções na fronteira dos EUA

Um relatório divulgado pela USAFacts apresentou informações sobre os encontros entre imigrantes e agentes na fronteira dos Estados Unidos durante o período de outubro de 2019 a junho de 2023. De acordo com os dados fornecidos pela Patrulha de Fronteira dos EUA, os brasileiros se destacaram entre as 15 nacionalidades que mais tentaram ingressar no país.

Entre as quase 7,7 milhões de pessoas que foram detidas ou tiveram sua entrada recusada no país, aproximadamente 80% eram cidadãos latino-americanos. Mais precisamente, dentre esses, 145.990 eram brasileiros. O México liderou o ranking, com mais de 2 milhões de pessoas tentando cruzar a fronteira.

As razões para o grande fluxo de imigração ilegal entre os brasileiros geralmente incluem fatores econômicos e sociais, como reconhecimento dos Estados Unidos como um país com forte mercado de trabalho e segurança. 

Mas para a advogada de imigração e fundadora do Castro Legal Group, Renata Castro, é importante ressaltar que a entrada pela fronteira limita as possibilidades que um brasileiro ou qualquer outro indivíduo possa ter nos EUA: “A travessia é incrivelmente perigosa e costuma ser permeada com relatos de estupro, cárcere privado e situações terrivelmente traumáticas que mudam completamente a vida da pessoa que vem a América buscar uma vida melhor. E obviamente, se estiverem ilegais, elas não terão os mesmos direitos que um cidadão americano”. 

Castro incentiva que os brasileiros que desejam imigrar busquem fazê-lo de acordo com as leis para que não enfrentem dores de cabeça no futuro: “O auxílio de um advogado licenciado e competente é, sem sombra de dúvidas, essencial para evitar uma catástrofe pessoal. Existem diferentes tipos de vistos, como vistos de trabalho, familiares ou estudo. Brasileiros que possuem cidadania portuguesa também podem se beneficiar do visto E-2, por exemplo, e usá-lo como uma porta de entrada para os EUA”.

O visto E-2 é um visto de investidor que permite que cidadãos de países com tratados específicos com os Estados Unidos invistam em um empreendimento nos EUA. Recentemente, Portugal foi incluído no acordo e, apesar do Brasil não fazer parte do tratado, muitos brasileiros que possuem dupla cidadania puderam se beneficiar.