Fábricas de Cultura disponibilizam estúdio gratuito para gravação
Não é necessário enviar material prévio e agendamento deve ser feito no local; unidades têm suporte de equipe técnica profissional
Quem quer fazer um som e gravar suas músicas, mas não sabe como fazer ou por onde começar, pode procurar as Fábricas de Cultura do Estado. Os espaços são destinados à formação artística e cultural de cidadãos entre 8 e 21 anos de idade e contam com dez instalações espalhadas nas zonas norte, leste e sul da capital.
Sob responsabilidade da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado, as Fábricas se destacam por desenvolver atividades e cursos gratuitos em áreas como música, dança, teatro, circo, foto, vídeo, desenho, grafite, DJ e capoeira, entre outros.
Além de bibliotecas com enorme variedade de livros, filmes, jornais, revistas, jogos, espaço para estudo, pesquisa e acesso à internet, alguns dos prédios possuem estúdios de gravação e captação de áudio com equipe técnica profissional.
O coordenador de Articulação e Difusão das Fábricas de Cultura, Murilo Muraah, conta que os estúdios atendem cerca de cinco mil pessoas por ano e possibilitam o primeiro acesso de artistas iniciantes e aprendizes das Fábricas a estúdios de gravação profissionais.
“O programa também visa contribuir para o desenvolvimento de artistas mais experientes e também das cenas locais, principalmente por meio de nossas parcerias com a Tratore e a Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM São Paulo), permitindo que o público tenha acesso a atividades de formação e trocas de experiência com profissionais do mercado musical, além de facilitar a distribuição das músicas gravadas nas principais plataformas digitais do mundo.”
O serviço é gratuito e as gravações acontecem em sessões de quatro horas de duração. É possível gravar uma faixa inteira ou somente os instrumentos desejados, e a música é entregue aberta ou editada e mixada para o cidadão. Em cada unidade, dois técnicos de áudio ficam disponíveis para auxiliar no processo de gravação e mixagem.
Para Lilia Garcia, artista que participou do projeto Atalhos Sonoros, essa iniciativa é de extrema importância e uma motivação para pessoas que sonham em ter sua música divulgada. “Será um grande incentivo na minha carreira”, conta.
Já passaram pelos estúdios os mais diversos estilos musicais, como rock, rap, MPB, funk, reggae, pop, gospel, samba, pagode, axé, sertanejo, choro, forró, música eletrônica, erudita e instrumental, em projeto solo ou banda.
Além disso, gravações ao vivo de shows e saraus, trilhas sonoras para espetáculos de teatro e dança e locuções também compõem as atividades realizadas nos espaços.
Crianças e jovens aprendizes de diversas atividades, que ocorrem nas unidades, também podem utilizar os estúdios durante as aulas, como nos cursos de gravação de áudio, produção musical, sonoplastia, entre outros.
O agendamento deve ser feito presencialmente na Fábrica escolhida, mas atenção: muitas vezes a fila de espera é grande. Mais informações sobre os estúdios podem ser obtidas por meio do telefone de cada unidade. Consulte a lista aqui.
Cinco unidades são gerenciadas pelo Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Ligeratura (Poiesis), que são as localizadas no Jaçanã, Brasilândia, Capão Redondo, Vila Nova Cachoeirinha e Jardim São Luís, nas zonas norte e sul.
Outros cinco espaços (Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista, Parque Belém e Cidade Tiradentes), na zona leste, estão sob a administração da Organização Social de Cultura Catavento.