Caso Neymar: polícia indicia Najila por extorsão e fraude processual
A Polícia Civil de São Paulo anunciou ontem, 10 de setembro, que indiciou a modelo Najila Trindade pelos crimes de fraude processual, denunciação caluniosa e extorsão.
Além dela, a delegada Monique Lima, do 11º Distrito Policial, indiciou também o ex-marido de Najila, Estivens Alves, por fraude processual e por divulgação de conteúdo erótico, por ter passado um vídeo de Najila a um repórter. Najila havia denunciado o jogador da seleção brasileira Neymar por estupro.
O inquérito policial foi aberto após boletim de ocorrência feito no dia 31 de maio por Najila, que relatou à polícia que conheceu Neymar por meio de uma rede social e que, depois de dois meses trocando mensagens, Neymar a convidou para ir a Paris para uma visita, com passagens e estadia pagas. Najila chegou a Paris no dia 15 de maio e, na noite do mesmo dia, o jogador esteve no quarto dela.
Najila disse que o jogador estava alterado e a forçou a ter relações sexuais, sem usar preservativo, o que Neymar desmente. No dia seguinte, Neymar esteve no mesmo quarto e foi agredido por Najila. A modelo gravou o encontro e alegou que buscava uma prova de que se encontrara com o atleta. Sobre os tapas que deu em Neymar, visíveis em vídeo que vazou durante as investigações, ela disse estar revidando as agressões sofridas no dia anterior.
O indiciamento de hoje vem após a conclusão de dois inquéritos que tramitavam pelo 11º Distrito Policial envolvendo Neymar. As peças são desdobramentos do caso investigado e encerrado junto à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, sob a presidência da delegada Juliana Lopes Bussacos, que investigava o crime de estupro denunciado por Najila.
No inquérito da Delegacia de Defesa da Mulher, a delegada Juliana Lopes Bussacos havia decidido não denunciar Neymar pelo crime de estupro.
Os inquéritos, que seguem sob segredo de Justiça, foram encaminhados ao Tribunal de Justiça.
Procurado pela Agência Brasil, o advogado Cosme Araújo, que defende Najila, informou que aguarda ter acesso ao inquérito policial para se manifestar.
Agência Brasil